Pinte os lábios de Carmin, querida
que hoje a noite é tão convidativa
para seus dizeres se fazerem sangue
Beije-me, beije-me com ardor!
me enxa de saliva, catarro e pús
e todas as suas palavras podres
para seus dizeres se fazerem sangue
Beije-me, beije-me com ardor!
me enxa de saliva, catarro e pús
e todas as suas palavras podres
Sua boca escorre por meu corpo
deixa um rastro cor Coral, cobra
possessiva, me demarca território
deixa um rastro cor Coral, cobra
possessiva, me demarca território
Sua lingua desliza por meu pescoço
navalha traiçoeira que me degola
sua saliva ácida me corrói a fala
navalha traiçoeira que me degola
sua saliva ácida me corrói a fala
Sussurre em meus ouvidos, querida
todas as indecências que pensas,
gaste seu vocabullário mais sórdido
todas as indecências que pensas,
gaste seu vocabullário mais sórdido
Gema em meu ouvido, canalha
deixe me ouvir, grite! Me insulte!
Vomite suas palavras mais imundas
deixe me ouvir, grite! Me insulte!
Vomite suas palavras mais imundas
Me seduza com sua dança, serpente
eu conheço a sua libido, mulher
sua sede não é de sexo, é de sangue
sua sede não é de sexo, é de sangue
Então me sugue pra dentro de ti,
estraçalhe a minha carcaça podre.
Me engula, me devore, me digira!
Me faz mais uma de suas presas
mais um homem mutilado por ti
morto por suas palavras, seu veneno
mais um homem mutilado por ti
morto por suas palavras, seu veneno
Franco Saldaña.
Um comentário:
Preciso te deixar com raiva mais vezes.
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