O lamento das almas intrépidas
fez soar clarins noite adentro
na calada das noites, o estalido
dos ossos constantes em movimento
Fúria celeste dos corpos decrépitos
o ranger dos dentes, cortando a noite calada
ou o tilintar tênue das botas junto à madeira
um pequeno feixe de luz o separa, face ao espelho
Aqui vivemos a necrofagia dos anos 70
Aqui nos vemos estagnados na ultra-contemporaneidade medíocre
Aqui não há mais fios de significados à volta
Aqui te vomitam o contrato social
Entre mesas não mais que um estranho
Entre-mentes etéreo... etéreo
Entretanto, Todavia, No entanto
me entrego a simplicidade de um vagabundo
crônico.
Vladmir Fergursson
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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