sábado, 19 de fevereiro de 2011

Entre Entranhas e Esgotos

Vagando torpe, pelas ruas
me perdi em bares e becos
em tropeços e desconcertos

Vultos errantes vagam por min
e pelas vias da cidade se esvaem
na corrente circulação da metropole

Na dor de cada pulso o sangue insiste
em correr pesado por minhas veias,
(vias perdidas de minhas entranhas)
e mover este corpo pútrido
que ja nasce fadado a morte.

Torpe, descambo pelas sargetas sujas
e como o vômito escoo num boeiro imundo.
No oco dos esgotos de minhas entranhas
entre fezes e restos que se decompõem
busco o beco escuro inabitado em min.

O vagar incessante resume,
a busca inalcançada do Ser
que nunca foi nada.

Apenas restos,
somente fezes
a madrugada.

2 comentários:

Cavalhera disse...

porra velho, vc deu rolê comigo ontem?

shausauhsasuashusahushsushu

Cacciolari disse...

você viu minha sombra
deu um rolê com meu vulto.