Quando os sentidos estão cansados de formas retilíneas de formalizar o pensar
Já não me basta a razão em meio desse coagulo de fractais infinitos
Que espera ser dos padrões uma necessidade de libertar os instintos?
Para a corja de adoradores da santíssima razão
Me apego ao acaso, e este é um de meus maiores amigos
Quiçá na busca de proclamar algum Deus, seria o acaso o mais exuberante
Não preciso de linhas mirabolantementes re-pensadas que se confundem em sua ânsia silogística
Me contento com uma vara de pesca,
Assim consigo fisgar as palavras que me apetecem
Samuel Bradinsky
quinta-feira, 22 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Hiperglicemia
Come chocolates, pequena, come chocolates!
Entupa os poros de sua pele de gordura
hidrogenada, flavourizada, transgênica
Ah querida, tuas palavras são tão doces
e de tão doces enjoativas, diabéticas
de um doce amargo como aspartame
destes que impregnam o palato
que ficam a azedar, apodrecer
até o esturpor da náusea, do vômito
E dizes-me que é a unica forma de adocicar a vida
de sedar os sentidos, ludibriar o paladar
Mas de nada adianta sua doçura tão artificial
se usada para temperar alguém tão insípido
uma existência sem sabor de vida.
Franco Saldaña.
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